sexta-feira, 4 de julho de 2008

Certificações em Gerenciamento de Projetos

A importância de um profissional ter uma certificação na área de gerenciamento de projetos é uma discussão freqüente e polêmica. A certificação não garante um bom emprego, aumento salarial ou promoção, porém funciona como uma comprovação de que o profissional tem habilidades técnicas para atuar como gerente de projetos.

Quem tem interesse em obter uma certificação deve ficar atento às opções existentes no mercado. Entidades como PMI (Project Management Institute), ABGP (Associação Brasileira de Gestão de Projetos) e a Prince2 oferecem diversos tipos e níveis de certificação. Uma vez que ãs certificações do PMI são as mais conhecidas, abaixo listo apenas as da ABGP e Prince2.

IPMA: A certificação da International Project Management Association, representada no país pela ABGP (Associação Brasileira de Gestão de Projetos), tem quatro níveis: a (diretor de projetos associado), b (gerente de projetos sênior certificado), c (gerente de projetos certificado), d (associado em gerenciamento de projetos certificado).

A estimativa é que existam cerca de 70 profissionais certificados no Brasil, em todos os níveis. A IPMA pretende avaliar não apenas o conhecimento dos profissionais sobre as melhores práticas, mas também suas competências.

As certificações c e d são as únicas que exigem a realização de exames. No d, não é preciso ter qualquer experiência prévia e a avaliação se dá exclusivamente por meio da prova. Já no c, é necessário contar com três anos de experiência e o processo de avaliação envolve entrevista, exame e avaliação do currículo do candidato.

Já o nível b exige cinco anos de experiência em gerenciamento de projetos, dos quais três como gerente de projetos complexos. O candidato também passa por entrevista e avaliação curricular, além de ter que apresentar um relatório de projeto no formato de dissertação.

O nível a ainda não é oferecido pela ABGP, pois a associação terá que trazer profissionais do exterior para certificar pessoas no Brasil. Os requisitos de certificação, no entanto, são mesmos do nível b. A exceção é que o tempo de experiência na área sobe para 10 anos, metade como diretor de programas.

Os custos das certificações para não-sócios da ABGP giram em torno de 650 reais, no nível d; 1.400 reais, no nível c; e 3.450 reais no nível b. Sócios têm desconto de, em média, 20% sobre esses valores.

Prince 2: Mais conhecida na Europa, especialmente no Reino Unido, a Prince2 ainda está dando os primeiros passos na América do Sul. Com proposta totalmente diferente das certificações do PMI, a Prince 2 é uma metodologia e tem como objetivo estabelecer um passo a passo para gerenciar projetos. Ela tem três níveis de certificação: Foundation, Practicioner e Instrutor Certificado.

Os dois primeiros não exigem qualquer tipo de experiência prévia e são cumpridos dentro de um mesmo treinamento de 40 horas, realizado em uma semana. A prova do Foundation acontece na quarta-feira e a do Practitioner, na sexta.

Para passar pelo terceiro nível, o profissional deve comprovar horas de experiência e é auditado pelo OGC (Office of Government Commerce). O exame, neste caso, só pode ser aplicado por um instrutor Prince2 – há apenas dois no Brasil, segundo a Elumini, consultoria oficial dessa metodologia por aqui, que está estruturando um treinamento no país.

O custo estimado do treinamento das duas primeiras etapas é de 7 mil reais por aluno, de acordo com a Elumini. É possível comprar o manual do Prince2, em inglês, pela Internet e fazer as provas na Inglaterra. O valor dos dois exames é 555 libras, aproximadamente 1.760 reais.

No site da APMG, órgão responsável por manter a padronização no treinamento e na certificação da Prince2, há a informação de que é possível fazer testes fora do Reino Unido, no British Council. No entanto, a unidade do Brasil informou que não tem a estrutura necessária para aplicar o exame.

Até +,

Dimitri

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